Buique e Região
Fim do Mais Médicos pode causar 'estado de calamidade', diz Confederação de Municípios
BRASÍLIA - Com a decisão do
governo de Cuba de sair do programa Mais Médicos , 1.575
municípios brasileiros participantes que dependem exclusivamente de
médicos cubanos serão afetados. Por todo o país, cerca de 28 milhões de
pessoas poderão ficar temporariamente sem assistência básica de saúde. Os dados
são da Organização Pan-Americana de Saúde ( Opas ) e foram
sistematizados pela Confederação Nacional de Municípios ( CNM ). Em
nota divulgada nesta quinta-feira, a CNM diz que o anúncio do governo
cubano de rescindir a parceria "aflige" prefeitos que fazem parte da
confederação. Para a entidade, a situação é de extrema preocupação,
podendo levar a "estado de calamidade pública, e exige superação em curto
prazo”.
A CNM afirma que entrou em contato com o atual governo federal e
com o governo de transição para buscar soluções alternativas com objetivo
de garantir a manutenção dos serviços de atenção básica de saúde. O
presidente da CNM, Glademir Aroldi, defendeu a importância do programa e disse
que a entidade está "preocupada":Estamos preocupados porque o
programa é importante mas vamos tentar encontrar alternativas. Nós precisamos
manter o programa - afirmou Aroldi . Ainda segundo a entidade, um estudo apontou que na última
década o gasto com o setor de Saúde sofreu uma defasagem de 42%, o que
sobrecarregou os cofres municipais. “Os municípios, que deveriam investir 15%
dos recursos no setor, já ultrapassam, em alguns casos, a marca de 32% do seu
orçamento, não tendo condições de assumir novas despesas”.
A confederação diz que aposta
no diálogo para que a situação seja resolvida. "Acreditamos que o governo
federal e de transição encontrarão as condições adequadas para a manutenção do
Programa”, diz a nota.
Fonte: O Globo
Fonte: O Globo