Buique e Região
Rio: Governador em exercício é preso no Palácio das laranjeiras ,
RIO - Três semanas depois de prenderem dez deputados estaduais acusados de corrupção , agentes da Polícia Federal e procuradores da
República voltaram às ruas na manhã desta quinta-feira para cumprir ao menos
nove mandados de prisão, cujo principal alvo é o governador Luiz Fernando Pezão .
A ordem
para esta nova fase da Lava-Jato foi dada pelo
ministro e relator do caso Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), que também relatou a Operação Quinto do Ouro, que prendeu cinco
conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) em março do ano passado.
O pedido de prisão foi feito pela PF do Rio, com aval da Procuradoria Geral da
República (PGR), a um mês do sucessor de Sérgio Cabral terminar o
mandato. Os carros da PF entraram as 6 horas da manhã desta quinta-feira 29 no Palácio Laranjeiras, onde fica a
residência oficial de Pezão, com mandados de busca e apreensão.
Entre os outros alvos de prisão da ação, denominada "Boca de
Lobo", estão o secretário de Obras do Rio, José Iran, e operadores
financeiros ligados ao governador. O ex-secretário de Obras Hudson Braga
também é alvo de um dos 30 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STJ.Além de Pezão e Iran, há mandados de prisão contra o secretário de
Governo, Affonso Henriques Monnerat Alves Da Cruz, já preso na operação Furna
da Onça, Luiz Carlos Vidal Barroso (servidor da secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento
Econômico), Marcelo Santos Amorim (sobrinho do governador Pezão), Cláudio
Fernandes Vidal e Luiz Alberto Gomes Gonçalves (sócios da J.R.O Pavimentação),
Luis Fernando Craveiro De Amorim e César Augusto Craveiro De Amorim (sócios da
High Control Luis).No apartamento do Pezão, no Leblon, a equipe da PF não achou
ninguém. Uma equipe também foi à casa da mãe do governador, também no Leblon.Pezão é investigado no STJ,
que tem a competência para atuar em crimes envolvendo governadores, por
envolvimento na "propinolândia" comandada no estado pelo
ex-governador. A operação tem como base a delação do economista Carlos Emanuel
Carvalho Miranda, ex-operador de Cabral e delator premiado. Em sua colaboração à Justiça,
Miranda acusa o atual chefe do Executivo de receber do esquema uma mesada de R$
150 mil de 2007 a 2014. O delator acrescentou que a propina a Pezão, na época
vice-governador, incluía décimo terceiro salário e dois bônus, cada qual no
valor de R$ 1 milhão, conforme o jornal O GLOBO revelou com exclusividade em 27 de abril deste
ano .
Fonte O GLOBO