Buíque e Região
Recife-Mais de 200 mil pessoas cantaram pela democracia com mais de 40 artistas por mais de 8 horas de shows no Festival Lula Livre
Recife -Em um discurso carregado de gratidão às pessoas que o
apoiaram na Vigilía Lula Livre e
por meio dos comitês espalhados por todo o país durante os 580 dias encarcerado
na sede da Polícia Federal em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva exaltou o povo nordestino no Festival com Lula Livre,
no começo da noite de hoje (17), em Recife.
“O Nordeste é exportador de dignidade”, disse, lembrando que antes
de seus 8 anos de governo o povo nordestino não era beneficiado por políticas
de inclusão no mercado de trabalho, educação e saúde, entre outras.
“Queremos ser tratados com igualdade de condições. Não somos pária
da sociedade”, afirmou. E emendou: Tenho muito orgulho de ter criado a
Universidade Federal do ABC (UFABC), onde a primeira
matrícula foi feita por uma nordestina em curso de engenharia”.
Lula conclamou todos à luta, que não acabou com sua libertação. “A
luta será para libertar o país desse bando de milicianos que tomou
conta do país”, disse, dirigindo-se claramente a Jair Bolsonaro e seus
auxiliares, que conduzem políticas de ataques a direitos sociais de toda a
população e de isolamento aos estados nordestinos.
Acompanhado de Fernando Haddad e de Rosângela da Silva, a Janja,
Lula voltou a criticar o ministro da Justiça, Sérgio Moro, o procurador da Lava
Jato Deltan Dallagnol, Jair Bolsonaro e a Rede Globo, “que trabalham para
destruir a esperança no país ao alimentar o ódio e as milícias”.
O primeiro festival Lula Livre depois da libertação do presidente,
no último dia 8, reuniu mais de 200 mil pessoas, segundo a organização. A Praça
Nossa Senhora do Carmo, no bairro Santo Antônio, região central de Recife, foi
palco para um show com mais de oito horas de duração e que prosseguiu após o
discurso de Lula.
O Festival tornou-se uma marca da luta por justiça para Lula
conhecida no país todo. Como na ditadura, todas as edições
do festival trouxeram a música como forma de resistência e politização na luta
pela liberdade do o ex-presidente, que ficou encarcerado na Superintendência da
Polícia Federal em Curitiba por 580 dias.